quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mulher de Quarenta

Houve um tempo em que a mulher interessante era a de trinta anos. Há poucas épocas a mulher de 40 emergiu por todo o mundo ocidental. Com os filhos já criados ou um casamento acabado, permitiram-se se lançar em projetos mais amplos e complexos. Renovaram-se fora, do que podemos chamar “ninho doméstico”. Surgiram então excelentes artistas plásticas, escritoras, empresárias bem sucedidas dos mais diversos ramos e principalmente amantes. Mulheres que se descobriram capazes de trabalhar, estudar, viajar, pensar e questionar valores e a vida. Algumas um pouco ressentidas ou lamuriosas, outras alegres ao ver portas e janelas abertas para infinitas possibilidades.

Muitas não mudaram muita coisa, continuam com o mesmo companheiro, a mesma casa, as mesmas amigas, mais com um novo olhar sobre o mundo lá fora. Um olhar mais amoroso, somando amor e alegria. A mulher de 40 anos está começando a viver. Começando a acumular alguma bagagem de vida. Ela é mais capaz de autoconhecimento, de entender as coisas. Vale a pena lembrar que o equilíbrio e a serenidade são fatores principais para abrir as asas. A mulher de 40 anos, a que se presa, é feliz com a visão que tem da vida, ela sabe ser atenciosa, devotada, gentil, inteligente (não demais porque assusta os homens), ardente, boa parceira, profissional e boa mãe não esquecendo seu lugar.

Ela se permite se realizar, ser alegre e descobrir-se e, sem ressentimentos, enfrenta as decepções e os compromissos. Ela gosta de si e se cuida. Com filhos ou sem eles, sozinhas ou com parceiros, vivem generosamente, ardentemente e compartilham. As mulheres de 40 ganharam espaço, ganharam o mundo porque ganharam a si mesmas.

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