Segundo o Teólogo Orlando de Melo Lima.
Para o fiel cumprimento da Política do Criador/Proprietário estabelecida pelo Haras, torna-se de fundamental importância, as figuras do Treinador e sua equipe de Redeadores e Cavalariços, cuja competência e seriedade, devem estar acima de qualquer suspeita. Para o êxito da criação do PSI, nos moldes atuais praticados em âmbito internacional, é fundamental que o Criador veja sua criação como uma autêntica Atividade Econômica, ainda que, como neste caso do Haras Bravo Lima, a Política estabelecida seja de correr os Produtos criados no Haras, o que não impedirá que os Produtos criados que venham a se destacar nas pistas,possam ser, efetivamente, comercializados, se o Haras, assim decidir. Sob este ponto de vista, sobre tudo, para um Haras do porte do Bravo Lima (18 matrizes), o planejamento de suas sucessivas gerações, torna-se imprescindível, que seja elaborado por especialista com a experiência e competência necessárias para que, ao longo do tempo, os resultados desejados possam ser alcançados.
Dessa forma pode-se perceber a importância de um bom planejamento estratégico, ou seja, o estudo das éguas a serem cobertas e por quais garanhões, e assim respeitando o calendário e temporada de cobertura que aqui no Brasil é de 1º de agosto a 15 de janeiro.
Fez-se a cobertura, e prenhes já confirmada, faz-se todo acompanhamento necessário, como vacinas, vermifugações, ultrassons e tudo que for necessário até o nascimento do produto e este será desmamado aos 6 meses de vida. Com 1 ano e 6 meses começa a doma que dura aproximadamente 3 meses, passando para o treino. No início, trotes e depois galopes e, com 2 anos o produto vai para o Jockey Club, em cidade Jardim SP, e lá começa o treino mais intenso, trabalhando então velocidade e tempo.
Assim que o treinador ver que estes já estão prontos para estréia faz-se a inscrição do páreo, depois da estreia (ganhando ou não) corre em outros páreos. E se o animal apresentar cansaço, stress, ou adoecer, este então voltará para o Haras para descansar e receber os cuidados necessários.
E assim que estiver bem volta para o Jockey novamente e desta forma continuará até o fim da carreira do animal, seja ela por idade ou por mau desempenho nas pistas.
Segundo Suzana Naiditch e de Bagé, a Revista Exame relatou que:
Produzir cavalos puro-sangue é uma atividade cara, demorada e de risco. Criar um potro, da concepção até o momento do leilão, aos 2 anos de idade, custa entre 10 000 e 15 000 reais nos haras mais qualificados. E para saber se os filhos de reprodutores famosos serão grandes campeões nas pistas de corrida e, posteriormente, seguirão as pegadas dos pais, é preciso paciência. Só aos 7 anos o cavalo sai das pistas de corrida e vai para a reprodução. Isso se ele tiver feito bonito nos hipódromos. As éguas também só vão para a reprodução depois que param de correr, mais ou menos aos 5 anos.
Já o autor e escritor Dr. Lucio Sergio de Andrade, deixa bem claro sobre as principais Falhas de Manejo:
Não é necessário entrar em detalhes à tudo o que se refere à este assusto, mas é importante apontar algumas das principais falhas de manejo que poderão interferir negativamente sobre índices de fertilidade, taxas de natalidade e taxa de desmame do rebanho. a) Introdução da égua no programa reprodutivo fora da estação de monta normal; b) Não identificação da égua em cio devido a um programa de rufiação inadequada; c) Manejo ineficiente das coberturas; d) Falhas na previsão do momento da ovulação; e) Falta de higiene e sanidade geral do rebanho; f) Nutrição inadequada, a qual será reanalisada em um tópico a parte, devido ao grande impacto que poderá proporcionar sobre a eficiência reprodutiva e produtiva; g) Apalpação retal indiscriminada - pode ser uma causa de infertilidade quando conduzida por técnicos inexperientes, inclusive com chance da indução de aborto se for efetuada indiscriminadamente antes do dia 40º da gestação; h) Uso indiscriminado de medicamentos, principalmente na égua em gestação avançada, tendo em vista que os abortos serão iminentes.
Segundo trabalho apresentado no 3º Congresso de Internacional de Iniciação Científica em Santos – SP, em novembro de 2005, por alunos de Medicina Veterinária pela Universidade Paulista (UNIP); o objetivo da pesquisa era ver se o treino pesado pelo qual os equinos da raça PSI passam todos os dias no Jockey Club da Cidade Jardim em São Paulo - SP se de alguma forma a saúde desses equinos eram prejudicados. Foram avaliados 8 animais sendo 3 fêmeas e 5 machos com idades entre 3 e 6 anos, o quais foram submetidos a treinos de alta e baixa intensidades além de exames laboratoriais. E os resultados obtidos por estes animais em avaliação, foram que estes não apresentaram nenhuma anormalidade que viesse a prejudicar a saúde desses equinos que foram avaliados nesse experimento.
Escrito por: Rosangela Schio Cursando: "Administração de Empresas" na Uniesp - Avaré (SP)
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